Corredores de aventura são humanos e, portanto, erram. De novatos a experientes, todos acabam cometendo algum erro que pode custar-lhes a vitória ou, pelo menos, uma melhor colocação.

A alimentação e a hidratação são essenciais, são os seus combustíveis. Sob horas de atividades físicas extenuantes, como nas corridas, é importantíssimo alimentar-se corretamente e manter-se hidratado, para não pifar no meio do percurso. Apesar deste conselho parecer óbvio, não raro, alguém esquece dele. É preciso lembrar também que o melhor alimento que se pode levar para a prova é aquele com o qual se está acostumado. Se você só come pizza, não invente de passar um fim de semana a base de barrinhas energéticas, e vice-versa.

Mochilas pesadas atrasam o grupo ou tornam as tarefas mais árduas. Muitos corredores levam equipamentos desnecessários, ou suprimentos em excesso. Saiba o quanto cada um come para levar a quantia certa, e não leve pára-quedas para andar de bicicleta. Mas cuidado: pior que levar comida acima da conta é não levar o suficiente.

A equipe precisa estar unida e a comunicação precisa ser perfeita. Stress e mau humor podem destruir sua prova. O ambiente e os adversários já são desafios suficientes.

Outra coisa amplamente subestimada nas corridas é a função do cérebro. Nas provas mais longas, como a EMA, uma boa estratégia vale mais que o melhor físico. Manter o ritmo pode ser mais vantajoso do que sair correndo e depois perder o gás. E o mais importante: saiba para onde você está indo. Os erros de navegação são os mais freqüentes e mais graves. Não adianta fazer o melhor tempo da saída para o lado errado.

Para o sucesso em uma corrida de aventura, portanto, além de um indispensável preparo físico é necessário uma boa dose de bom senso.

Coluna publicada em 17/setembro/01, na website www.360graus.com.br