COLUNA DO ALEXANDRE

O Desafio de Organizar a EMA na Amazônia

Ousadia. Esta é a palavra mais associada à EMA 2001 – AMAZÔNIA. A grandeza da maior floresta tropical de mundo encanta.... e também assusta, devido à inacessibilidade característica da região. As dificuldades e os obstáculos normais de uma corrida de aventura tomam proporções ainda maiores numa região como a Floresta Amazônica e a maior preocupação da organização é simular os procedimentos para eventuais ocorrências, e assim prever a maior quantidade de situações possíveis.

Artimanhas da organização, tais como: 1) uso do GPS, BEACON (rádio transmissor localizador de emergência) e sinalizadores, 2) obrigatoriedade do uso do colete salva-vidas sinalizados nas etapas aquáticas, 3) equipamentos comerciais certificados para as etapas de técnicas verticais, 4) a lista mínima de equipamentos obrigatórios checados nos postos de controle, incluindo-se os de primeiros socorros, 5) a presença de equipe de resgate e equipe médica, etc. minimizarão as ocorrências nesta nova edição.

Em uma corrida de aventura, quem fica sem amparo é o organizador, que chega a ficar vários dias incomunicável para levantar o percurso da prova. Para citar um exemplo, no levantamento feito na região amazônica para o evento deste ano (EMA 2001 – AMAZÔNIA), fiquei mais de 7 dias no meio da mata, praticamente isolado. Caso necessitasse, o resgate seria difícil e pouco ágil, pois as unidades não estavam preparadas para o socorro. No período do evento, durante o dia, o resgate de uma equipe competidora poderá acontecer em até 4 horas depois de recebido o sinal do BEACON.

A lista de equipamentos obrigatórios fornecida e checada pela organização contém o mínimo que os competidores deverão levar. Navegar pelo Amazonas, o maior e mais largo rio do mundo – tem extensão de 6.400 km e sua largura média é de 12km, chegando à 320 km na foz, onde deságua no mar – será uma grande aventura, que exigirá muita prudência. Colete salva-vidas, capacete, apito, ligth sticks e lâmpada estroboscópica branca serão equipamentos fundamentais para a segurança das equipes. Os competidores terão a oportunidade de apreciar a paisagem, poderão conhecer o maior peixe de água doce do mundo: o piracuru, que atinge até 3m e 180kg.

A EMA 2001 – AMAZÔNIA será uma prova para todos: desde quem quer apenas curtir as paisagens da região, como para aqueles que querem testar e superar seus limites. Os próprios competidores decidirão o quanto vão curtir e isso dependerá da velocidade e objetivos de cada um. As melhores equipes do mundo serão bastante competitivas e, certamente, irão impor um ritmo acelerado, mas todas as equipes poderão apreciar os detalhes da Amazônia, como as gigantes castanheiras, com até de 50m de altura, e outras árvores da região que, de tão largas, só podem ser abraçadas por 5 ou mais pessoas.

Para a EMA 2001 – AMAZÔNIA muito tem-se investido para se alcançar a perfeição organizacional que fará com que cada participante, seja ele atleta, imprensa ou convidado, sinta-se seguro e possa dedicar-se, assim, exclusivamente aos seu objetivo pessoal. E é esta busca pelo aperfeiçoamento organizacional que tem feito do turismo de aventura um entretenimento e não mais um atividade de risco.

Coluna publicada em 19/junho/01, na website www.webventure.com.br

Voltar