COLUNA DO ALEXANDRE

Parceria

A Corrida de Aventura do Brasil na maior Floresta Tropical do mundo! A maior biodiversidade do planeta, entre os dias 23 de novembro e 02 de dezembro, abrigará dezenas de atletas que tentarão superar seus limites em uma das regiões mais desafiadoras e selvagens.

A idéia de realizar a EMA na Amazônia não é nova: sempre que se fala em aventura na mata, surge o nome “Amazônia”. As três primeiras edições foram realizadas em áreas de Mata Atlântica (Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná), mas sempre houve a vontade de desenvolvê-la em outras regiões. Estudei vários percursos e possibilidades para a realização da prova em 2001 e optei pela região amazônica, onde consegui o apoio do Governo.

Organizar uma Corrida de Aventura não se resume a levantar o percurso. É preciso estudar e ponderar sobre os efeitos que o evento pode causar à região, positivos e negativos. Firmar parcerias com empresas idôneas e pessoal técnico competente e responsável é muito importante. Para conseguir desenvolver um trabalho consistente, é necessário conhecer a região e todas as suas características. Conhecer a Amazônia não é tarefa fácil: há tempos pesquiso a região e procuro encontrar o melhor lugar para realizar a prova. Estreitei meus contatos com a região há alguns meses e conto, desde então, com a colaboração de órgãos importantes: Governo, Forças Armadas, Aeronáutica e de pessoas estratégicas para a viabilização do percurso idealizado.

A preocupação com a conservação é uma constante e sempre me preocupei em envolver a comunidade local e diminuir os impactos causados nas áreas por onde a EMA passa. Os projetos sócio-ambientais fazem interagir atletas, comunidades locais e a própria imprensa. Na EMA 2000, por exemplo, quase toda a estrutura utilizada pela organização era da comunidade local: firmamos parcerias com os restaurantes e/ou donas de casa para fornecimento de comida e bebida para mais de 150 pessoas por dia, entre organização, fiscais, imprensa, equipes médica e de resgate; em locais onde não havia hotéis e pousadas, foram utilizadas casas da própria comunidade; o comércio local também foi beneficiado. A prova aconteceu dentro do Parque Estadual da Serra do Mar (núcleos Cunha – Indaiá, Santa Virgínia e Picinguaba), sempre com autorização dos responsáveis que, em troca, receberam equipamentos para segurança e vigilância de suas áreas, como GPS, equipamentos de primeiro-socorros e de escalada, além de material médico para equipar ambulatórios e material escolar como lápis, caderno, livros, etc para as escolas da região, além de folders confeccionados para divulgação dos Parques e exposição dos mesmos na mídia que cobriu o evento.

A Aeronáutica Brasileira foi nossa parceira durante os eventos de 99 e 2000, contribuindo para a segurança do evento. As equipes competidoras correram equipadas com o BEACON (rádio transmissor localizador de emergência) que, quando acionado, emite um sinal que é captado pela base aérea em Brasília e logo comunicado à direção da prova, para que esta possa tomar as providências necessárias. Em 99, foi de fundamental importância quando do resgate de uma equipe.

A segurança envolvida no evento deve ser uma das maiores preocupações da organização. É necessário contar com equipes experientes para cuidar das etapas de técnicas verticais, águas brancas e quaisquer outras que exijam técnica específica. Deve-se contar, também, com equipe médica e de resgate e firmar parcerias com hospitais e postos de saúde por onde o evento passar, que devem estar avisados para eventualidades.

A EMA 2001 – AMAZÔNIA será um grande desafio e é por isso que pretendo renovar as parcerias de sucesso firmadas em edições anteriores e procurar por novos apoios, para poder oferecer a todos que participarão da prova uma grande aventura segura.

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